Chegamos ao fim da unidade curricular que deu origem a este blog. A ideia era desenvolver uma reflexão sobre cada conteúdo tratado, embora talvez fosse suposto refletir após cada um e antes de iniciar o seguinte, o que não aconteceu, no meu caso, por falta de tempo. Parte dos textos do blog foram colocados já no fim de todos os conteúdos terem sido ministrados e tratados, o que me obrigou a rever a maioria deles nestes últimos dias, duplicando trabalho por um lado, mas refrescando a memória por outro.
A simpatia e apoio da professora Daniela foram de grande ajuda e em alguns momentos funcionaram como motor para continuar a trabalhar, apesar das dificuldades de tempo sentidas para digerir os conceitos menos lineares e palpáveis.
Como aspetos positivos saliento a clareza das indicações fornecidas para levar a cabo as tarefas para além do que já constava no contrato de aprendizagem e que também gozava da mesma qualidade e os recursos educativos disponibilizados. As interações com os colegas nos fóruns também se revelaram de extrema utilidade.
Como aspeto negativo aponto o fator tempo, que sempre foi insuficiente para ler, pesquisar, refletir e devolver o trabalho solicitado, ainda que esta seja a primeira vez que uso o prazo até ao seu limite mais avançado.
Esta unidade curricular possibilitou um olhar mais aprofundado sobre a forma como os jovens comunicam entre si e com os outros, através dos dispositivos tecnológicos, como um dos jovens refere num dos textos estudados "Se não estás no MySpace, não existes". A construção da identidade destes jovens, quem são e como se perspetivam que virão a ser, está intimamente ligada com a tecnologia digital e cabe-nos a nós, adultos e seus professores, abrir canais de comunicação, tirando partido deste conhecimento para lhes fazer chegar conteúdos educacionais.
Esta unidade fez-me refletir sobre a importância de adotarmos os mesmos meios usados pelos jovens, de forma a facilitar a comunicação e chamar a atenção para aprendizagens que de outro modo dificilmente ocorrerão; a forma como partilharmos o seu mundo e códigos poderá fazer toda a diferença.
MDS - Media Digitais e Socialização
Este é um espaço de partilha das reflexões e análises que for desenvolvendo ao longo do tempo, sobre os conteúdos e actividades desta unidade curricular. Espero ainda que seja possível recolher contributos/comentários e perspectivas que facilitem uma boa interacção/cooperação e induzam boas aprendizagens.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
Que consequências para os jovens, desta utilização sistemática das novas tecnologias?
Talvez a pergunta devesse ser feita ao contrário: que consequências para os adultos que lidam com os jovens, especialmente os educadores, da utilização sistemática que eles fazem, das tecnologias digitais?
Podemos considerar, após o estudo feito e os testemunhos dos próprios jovens, que o seu estado natural é "ligado". A atenção destes jovens encontra-se quase sempre dividida e os seus tempos de concentração/atenção passíveis de serem dedicados a ocorrências externas, são partilhados com as mensagens que recebem nos telemóveis, às conversas nos chats enquanto estão por exemplo a fazer TPCs, a música que escutam permanentemente ou até os comentários que leem no Facebook! Tudo, ao mesmo tempo que tentam fazer as tarefas/exercícios que lhes confiaram os professores na escola! Não admira que os educadores/professores e os projetistas de recursos educativos procurem desesperadamente encontrar formas de focar a atenção da juventude escolar. Estes recursos necessitam de ser muito apelativos e não podemos desperdiçar a oportunidade de aproveitar os mesmos meios que os captam (todos os artefatos tecnológicos que usam sem cessar no seu quotidiano) para passar os conteúdos escolares.
Necessitamos de ser criativos e também fazer o esforço de nos atualizarmos nas suas maneiras de se expressarem e de fazerem as coisas, se pretendemos resultados melhores do que os que temos obtido nestes tempos.
Podemos considerar, após o estudo feito e os testemunhos dos próprios jovens, que o seu estado natural é "ligado". A atenção destes jovens encontra-se quase sempre dividida e os seus tempos de concentração/atenção passíveis de serem dedicados a ocorrências externas, são partilhados com as mensagens que recebem nos telemóveis, às conversas nos chats enquanto estão por exemplo a fazer TPCs, a música que escutam permanentemente ou até os comentários que leem no Facebook! Tudo, ao mesmo tempo que tentam fazer as tarefas/exercícios que lhes confiaram os professores na escola! Não admira que os educadores/professores e os projetistas de recursos educativos procurem desesperadamente encontrar formas de focar a atenção da juventude escolar. Estes recursos necessitam de ser muito apelativos e não podemos desperdiçar a oportunidade de aproveitar os mesmos meios que os captam (todos os artefatos tecnológicos que usam sem cessar no seu quotidiano) para passar os conteúdos escolares.
Necessitamos de ser criativos e também fazer o esforço de nos atualizarmos nas suas maneiras de se expressarem e de fazerem as coisas, se pretendemos resultados melhores do que os que temos obtido nestes tempos.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Testemunho de quatro jovens sobre a utilização dos media digitais; análise das entrevistas feitas
Escolhi comparar as entrevistas que fiz com as da colega Susana Fonseca devido às idades dos respondentes serem aproximadas e os níveis de escolaridade também pelo menos no que respeita o meu entrevistado do sexo masculino, e o meio envolvente onde se deslocam (arredores de Lisboa e a própria cidade).
Utilização do Computador/Internet
Os respondentes da colega Susana têm ambos três computadores em casa e os meus respondentes, o rapaz tem três e a rapariga tem dois computadores.
Todos possuem internet, desde 5 a 10 anos, e a navegação que fazem na mesma, é diária e não é controlada pelos pais.
No que concerne às utilizações da internet as finalidades são, entre outras, a troca de e-mails, redes sociais, pesquisa e descarga de ficheiros e usam com mais frequência programas como Word, Power Point e Messenger.
Os quatro entrevistados têm uma página/blog, onde, em termos de conteúdos comuns, referenciam livros, música e filmes, assim como fotografias exceto a Maria, respondente de 20 anos, que diz não ter fotografias na sua página. Estes números vão ao encontro do que acontece em outros países, embora com algum atraso; Stern (2008), salientou, “ By 2005, more than one-fifth of online teens in the United States said they had kept a personal home page and nearly as many (19 percent) kept a blog or online journal. “
Os blogs/ páginas estão acessíveis a toda a gente para três dos entrevistados com exceção do António que apenas permite acesso a amigos e todos permitem comentários sem restrições
Utilização do Telemóvel
Todos possuem um telemóvel, apenas o António faz uso da internet no mesmo;
A duração de utilização é variável e verifica-se em metade dos casos, a utilização do mesmo durante as aulas;
A utilização do telemóvel incide bastante nas mensagens, mas este tem outros fins como tirar fotografias ou ouvir música, despertar, marcar datas de aniversário.
Redes Sociais
Três dos entrevistados mostram conhecimento de algumas redes enquanto a Maria, demonstra maior conhecimento do que os outros e está inscrita em várias redes, sendo que todos estão inscritos no facebook, publicando algumas vezes informação pessoal;
Quanto ao alvo das comunicações são apenas amigos para um dos respondentes, amigos e familiares para dois dos respondentes e em dois dos casos também para comunicar com amigos virtuais;
Como aspecto positivo das redes sociais é indicado a proximidade ou reencontro com pessoas distantes; como aspecto negativo, a forma abusiva de utilização por parte de alguns indivíduos e a falta de privacidade.
Segurança na Internet
Os jovens no geral dizem preocupar-se com a sua segurança na internet mas utilizam o seu perfil real!
Como maiores perigos no uso da internet os entrevistados da colega Susana ambos apontam o risco ao conhecer-se alguém, que poderá levar a situações extremas de perigosidade e em um dos casos, foi focada ainda a possibilidade de fraude e engano com o uso de cartões de crédito. De forma similar o meu entrevistado do sexo masculino aproxima-se da ideia de fraude e engano quando indica “ilusão por parte dos “amigos””; a Maria apresenta uma gama de perigos mais diversificada.
Tendências
No que respeita a compras, apenas a Maria diz fazer compras online porque “tem preços mais acessíveis e é mais cómodo”.
Ao nível dos jogos, dois dos respondentes fazem uso dos mesmos, despendendo neles entre meia hora e 2 horas diárias;
Todos conhecem o termo cyberbullying e consideram as fontes de pesquisa fidedignas.
Quanto ao modo como adquiriram as suas competências digitais os entrevistados da colega Susana dizem que sozinhos ou com ajuda de amigos enquanto que o António só aponta a forma como o conseguiu “praticando todos os dias” e a Maria diz que sózinha e recebeu aulas para trabalhar com programas específicos .
Quando se coloca em questão computador ou telemóvel, qual o mais essencial, três optam pelo computador e um pelo telemóvel.
Utilização do Computador/Internet
Os respondentes da colega Susana têm ambos três computadores em casa e os meus respondentes, o rapaz tem três e a rapariga tem dois computadores.
Todos possuem internet, desde 5 a 10 anos, e a navegação que fazem na mesma, é diária e não é controlada pelos pais.
No que concerne às utilizações da internet as finalidades são, entre outras, a troca de e-mails, redes sociais, pesquisa e descarga de ficheiros e usam com mais frequência programas como Word, Power Point e Messenger.
Os quatro entrevistados têm uma página/blog, onde, em termos de conteúdos comuns, referenciam livros, música e filmes, assim como fotografias exceto a Maria, respondente de 20 anos, que diz não ter fotografias na sua página. Estes números vão ao encontro do que acontece em outros países, embora com algum atraso; Stern (2008), salientou, “ By 2005, more than one-fifth of online teens in the United States said they had kept a personal home page and nearly as many (19 percent) kept a blog or online journal. “
Os blogs/ páginas estão acessíveis a toda a gente para três dos entrevistados com exceção do António que apenas permite acesso a amigos e todos permitem comentários sem restrições
Utilização do Telemóvel
Todos possuem um telemóvel, apenas o António faz uso da internet no mesmo;
A duração de utilização é variável e verifica-se em metade dos casos, a utilização do mesmo durante as aulas;
A utilização do telemóvel incide bastante nas mensagens, mas este tem outros fins como tirar fotografias ou ouvir música, despertar, marcar datas de aniversário.
Redes Sociais
Três dos entrevistados mostram conhecimento de algumas redes enquanto a Maria, demonstra maior conhecimento do que os outros e está inscrita em várias redes, sendo que todos estão inscritos no facebook, publicando algumas vezes informação pessoal;
Quanto ao alvo das comunicações são apenas amigos para um dos respondentes, amigos e familiares para dois dos respondentes e em dois dos casos também para comunicar com amigos virtuais;
Como aspecto positivo das redes sociais é indicado a proximidade ou reencontro com pessoas distantes; como aspecto negativo, a forma abusiva de utilização por parte de alguns indivíduos e a falta de privacidade.
Segurança na Internet
Os jovens no geral dizem preocupar-se com a sua segurança na internet mas utilizam o seu perfil real!
Como maiores perigos no uso da internet os entrevistados da colega Susana ambos apontam o risco ao conhecer-se alguém, que poderá levar a situações extremas de perigosidade e em um dos casos, foi focada ainda a possibilidade de fraude e engano com o uso de cartões de crédito. De forma similar o meu entrevistado do sexo masculino aproxima-se da ideia de fraude e engano quando indica “ilusão por parte dos “amigos””; a Maria apresenta uma gama de perigos mais diversificada.
Tendências
No que respeita a compras, apenas a Maria diz fazer compras online porque “tem preços mais acessíveis e é mais cómodo”.
Ao nível dos jogos, dois dos respondentes fazem uso dos mesmos, despendendo neles entre meia hora e 2 horas diárias;
Todos conhecem o termo cyberbullying e consideram as fontes de pesquisa fidedignas.
Quanto ao modo como adquiriram as suas competências digitais os entrevistados da colega Susana dizem que sozinhos ou com ajuda de amigos enquanto que o António só aponta a forma como o conseguiu “praticando todos os dias” e a Maria diz que sózinha e recebeu aulas para trabalhar com programas específicos .
Quando se coloca em questão computador ou telemóvel, qual o mais essencial, três optam pelo computador e um pelo telemóvel.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Continuando a análise da construção da identidade social dos jovens e a influência dos media digitais
Esta é uma reflexão que se pode estender muito, levando em consideração o grande desenvolvimento dos media digitais e a dimensão da criatividade dos jovens na utilização e aplicação dos mesmos.
danah boyd, da universidade de Berkeley, na Califórnia, estuda e analisa em profundidade o fenómeno da adesão dos jovens às redes sociais MySpace e Facebook, procurando descobrir o que os leva a expressarem-se através destes veículos, o que induz a sua participação em tão grande número e o que retiram daí e em que são diferentes estas interações das que se realizam faca a face. Quais são as implicações em termos das suas identidades e principalmente como é que as atividades que desenvolvem contribuem para a formação da sua identidade, que negociação se desenrola entre os pares online?
Por sua vez para VYGOTSKY (1994) o efeito do uso de instrumentos sobre os homens é fundamental não apenas porque os ajuda a se relacionar mais eficazmente com seu ambiente, como também devido aos importantes efeitos que o uso de instrumentos tem sobre as relações internas e funcionais no interior do cérebro humano.
Weber e Mitchel também se questionam sobre a influencia dos media nos jovens "And so, returning to our image of the techno-newborn, we ask: Who is this new baby and
who will she become? How will she view herself in relation to her peers as she approaches adulthood? How will she use technologies to express and learn about herself?"
"youth are using a wide range of digital media that facilitate social interaction, from MySpace.com and instant messenger systems to video production and editing equipment, to organize access to and production of digital output such as the texts of online debate, Internet data (audio, visual, and textual), and text messages." Goldman, S.; Booker, A., & McDermott, M. (2008).
Susanha Stern entrevistou jovens americanos de centros urbanos entre os 12 e os 21 anos, sobre a produção de sites e blogs: "As one youth blogger put it, “Anybody who is anybody has a web site.” Indeed, for many, online presence is synonymous with authentic presence.". A autora concluiu que os jovens criam sites e blogs, expressando-se online como forma de afirmação pública, mas de certo modo protegida pela maneira como se representam e avaliam a impressão que produzem nos outros, escolhendo o que querem mostrar sobre si e como e aproveitando o feedback dado pelos leitores para ajustar o que consideram menos aceitável. Os jovens fazem alterações nos seus sites que teem uma natureza evolutiva e aprendem a aplicar esses princípios ao processo de construção da sua identidade.
Na opinião de Stald, o telemóvel tem um valor simbolico e um efeito potencial nas identidades dos jovens, conforme se pode verificar pelo excerto que se segue: ...this article illustrate just some of the potential implications
of new mobile communication devices for the formation of young people’s identities
in the contemporary world. The mobile has an immediate symbolic value to young users, not least through the technological possibilities and through the appearance of the device itself."
Bibliografia
Weber, S.; Mitchell, C. (2008). Imaging, Keyboarding, and Posting Identities: Young People and New Media Technologies. In Youth, Identity, and Digital Media: 25-47.
Stern, S. (2008). Producing Sites, Exploring Identities: Youth Online Authorship. In Youth, Identity, and Digital Media: 95-117.
Boyd, D. (2008). Why Youth ♥ Social Network Sites: The Role of Networked Publics in Teenage Social Life. In Youth, Identity, and Digital Media: 119-142.
Stald, G. (2008). Mobile Identity: Youth, Identity, and Mobile Communication Media. In Youth, Identity, and Digital Media: 143-164.
Goldman, S.; Booker, A., & McDermott, M. (2008). Mixing the Digital, Social, and Cultural: Learning, Identity, and Agency in Youth Participation. In Youth, Identity, and Digital Media: 185-206.
Yardi, S. (2008). Whispers in the Classroom. In Digital Youth, Inovation, and the Unexpected: 143-164.
Huffaker, D.; Calvert, S. (2008). Gender, Identity and Language Use in Teenage Blogs. In Journal of Computater-Mediated Comunication, 10 (2), article 1.
Schmitt, K.; Dayanim, S.; & Matthias, S. (2008). Personal Homepage Construction as an Expression of Social Development. In Development Psychology, 44 (2), 496-506.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Relação entre a construção da identidade dos jovens e os media digitais
Os media digitais poderão estar a preencher um espaço de tempo que antes era ocupado pela maior proximidade de pais e avós, que estavam presentes fisicamente quando as crianças e os jovens vinham da escola. Atualmente as famílias transformaram-se, os avós também diminuíram a sua presença, pois a maioria não vive no mesmo espaço físico e os pais passam muito mais tempo no trabalho e fora de casa, acrescido a que o mesmo acontece com os jovens que estão mais tempo na escola e com o seu grupo de pares. O tempo que os jovens estão sozinhos em casa, é muitas vezes ocupado pelas novas tecnologias; os jovens jogam jogos no computador, navegam na internet, vão às redes sociais, ouvem música nos seus dispositivos tecnológicos, conversam através da net ou do telemóvel, envolvendo-se profundamente nestas atividades. O envolvimento é tão intenso que passou a ter prioridade sobre as pessoas que partilham o mesmo espaço físico e assistimos diariamente à sobreposição e até ao conflito entre a comunicação que possa estar a ocorrer com aquelas pessoas naquele espaço e as mensagens enviadas por telemóvel ou internet, sendo que as últimas quase sempre ganham a atenção dos envolvidos em detrimento da companhia real das pessoas!
domingo, 15 de maio de 2011
Ainda sobre a questão da Identidade
Deixo aqui este vídeo do youtube que me pareceu ilustrar, em certa medida, questões de identidade e que, um pouco na ótica de Buckingham (2008), são definidas por um lado como algo único que nos distingue dos outros, mas por outro como algo que nos identifica com os outros quando partilhamos valores, interesses, cultura. E mesmo que os nossos valores, interesses e cultura sejam diversos, continuamos tendo em comum a nossa humanidade.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Os adolescentes e a Construção da Identidade Social
A combinação destes dois temas representou um desafio, uma vez que apesar da leitura aturada dos textos disponibilizados pelas professoras, como apoio, e de outros que consultei na net, foi complexo, para mim, articular as ideias e relaciona-las.Demorou tempo e exigiu muita reflexão. A adolescencia é um período na vida do ser humano que é incerto quanto ao seu términus, embora se aceite de forma geralmente pacífica que se inicia com as alterações pubertarias e é uma construção relativamente recente das nossas sociedades modernas. Por sua vez, o conceito de identidade social também não é algo fácil de definir e delimitar, e a ideia de construção dessa identidade social muito menos, porque implica um processo em curso de realidades complexas.
Por isso, foi muito bom poder ler aquilo que os colegas escreviam no fórum e refletir, concordando ou mesmo discordando de algumas coisas, o que tornou mais fácil construir o meu próprio pensamento sobre o assunto e finalmente postar também as minhas conclusões no fórum respetivo.
Além disso, achei por bem retirar alguns excertos dos textos que os colegas postaram nesse mesmo fórum e que focavam aspetos que achei interessantes acerca deste assunto.
Aqui ficam eles:
“Uma das ideias principais dos textos fornecidos está na construção da identidade no período da adolescência.
De facto, é na adolescência que se torna mais evidente a procura da nossa identidade, também por culpa das transformações físicas do corpo, que nos leva a pensar nas celebres perguntas: "Quem sou eu?", "O que faço aqui?", "Para onde vou?", "O que valorizo?". Conforme Erikson (1972) a identidade é uma concepção de si mesmo, composta de valores, crenças e metas com os quais o indivíduo está solidamente comprometido.
Cabe a cada um de nós construir a identidade pessoal com o auxilio de quem nos rodeia, é pois um processo colaborativo. “ Emanuel Silva
“a identidade (Self) é um sistema muito complexo e dinâmico que envolve diferentes crenças que o indivíduo considera verdadeiras em relação a si próprio, sendo que cada crença tem um valor associado…” Ivone Máximo
“Assim, de que forma estes factores poderão perturbar a construção da identidade dos adolescentes? Será que passaremos por uma crise de construção de identidades? Como será a construção da identidade destes jovens com acesso a meios tecnológicos com visões e perspectivas cada vez mais alargadas, mas em contrapartida, sem apoio na sua formação de valores e apoiados no descomprometimento. “ Lisete Lapa
“…penso que a construção da identidade é um processo que se desenrola, independentemente de estarmos numa era tecnológica, embora possa decorrer de modo diferente. Não julgo que estejamos numa época de crise de identidade, pois em todas as épocas de mudança, a construção da identidade acompanha essa mesma mudança.” Clara Pereira
“Na minha opinião, e porque a identidade resulta também das relações que ao longo do tempo vamos estabelecendo com os outros, não podemos afirmar que ela esteja construída no final da adolescência ou até defina o seu final.” Margarida Correia”
“E contextualizando na nossa época, uma época caracterizada pela globalização, pela tecnologia e pelos meios digitais como forma de comunicação e socialização, que atividades podem promover as escola, os pais e sociedade para a construção da identidade?” Vitória Silva
“Importa também dizer que embora o jovem adolescente sinta a necessidade de estar em linha (online), e desta forma contribuir para a construção da sua identidade enquanto nativo digital, o seu espírito de curiosidade em experimentar novas situações, a possibilidade de criar um perfil ideal, onde não existe acne, não se é nem demasiado gordo, nem demasiado magro, nem muito alto, nem muito baixo, todos estes complexos são temporariamente colocados de lado.” Jorge Soares
“Mas será que podemos definir uma fronteira / um marco para a afirmação da identidade? Julgo que não! A construção da identidade ocorre ao longo da vida do indivíduo, está assente numa dinâmica social que é sujeita a relações sociais. E se muitos estudos realizados em escolas, com os mais diversificados grupos de alunos, nos conduzem para outras questões, podemos afirmar que a construção da identidade assenta em percursos diferentes, consoante cada indivíduo, tendo em conta os seus valores, crenças, e objetivos.
...A construção da identidade depende sobretudo das influências hereditárias, do meio social onde o indivíduo se insere e claramente das experiências realizadas ao longo de importantes fases da vida.” Miguel Coelho
“Quando as culturas se tocam ou se sobrepõem, em torno do que cada uma considera o que é bom ou mau, podemos questionar se existem valores universais, comuns a todas as culturas, ou se tomamos por universal os valores de uma cultura que pretende ser a cultura dominante.
Neste sentido e tendo em conta que a web e as redes sociais facilitam e ampliam a comunicação planetária, seria importante aferir se estes meios tendem a hegemonizar uma cultura dominante ou se, por outro lado, promovem a miscelânea de culturas.” Jorge Delmar
"A identidade, segundo Buckingham (2008) é definida por um lado como algo único que nos distingue dos outros, mas por outro lado como algo que nos identifica com os outros, que partilhamos em comum (valores, interesses, cultura). Torna-se difícil encontrarmo-nos a nossa identidade quando há uma maior incerteza e fragamentação.
Cada vez é mais difícil falar de identidade devido:
• à globalização;
• ao declínio do bem estar;
• ao aumento de mobilidade social;
• à maior flexibilidade no emprego;
• à insegurança nas relações pessoais (devido ao fraco comprometimento entre os indivíduos)." Teresa Kuffer
De acordo com a wikipédia o conceito de identidade pessoal é reconhecido como uma parte do conceito próprio do índivíduo que decorre do sentimento de pertença a um grupo social relevante. Henri Tajfel e John C. Turner que desenvolveram a Teoria da Identidade Social introduziram o conceito de identidade social como uma forma de explicar o comportamento de grupo e entre grupos.
Por isso, foi muito bom poder ler aquilo que os colegas escreviam no fórum e refletir, concordando ou mesmo discordando de algumas coisas, o que tornou mais fácil construir o meu próprio pensamento sobre o assunto e finalmente postar também as minhas conclusões no fórum respetivo.
Além disso, achei por bem retirar alguns excertos dos textos que os colegas postaram nesse mesmo fórum e que focavam aspetos que achei interessantes acerca deste assunto.
Aqui ficam eles:
“Uma das ideias principais dos textos fornecidos está na construção da identidade no período da adolescência.
De facto, é na adolescência que se torna mais evidente a procura da nossa identidade, também por culpa das transformações físicas do corpo, que nos leva a pensar nas celebres perguntas: "Quem sou eu?", "O que faço aqui?", "Para onde vou?", "O que valorizo?". Conforme Erikson (1972) a identidade é uma concepção de si mesmo, composta de valores, crenças e metas com os quais o indivíduo está solidamente comprometido.
Cabe a cada um de nós construir a identidade pessoal com o auxilio de quem nos rodeia, é pois um processo colaborativo. “ Emanuel Silva
“a identidade (Self) é um sistema muito complexo e dinâmico que envolve diferentes crenças que o indivíduo considera verdadeiras em relação a si próprio, sendo que cada crença tem um valor associado…” Ivone Máximo
“Assim, de que forma estes factores poderão perturbar a construção da identidade dos adolescentes? Será que passaremos por uma crise de construção de identidades? Como será a construção da identidade destes jovens com acesso a meios tecnológicos com visões e perspectivas cada vez mais alargadas, mas em contrapartida, sem apoio na sua formação de valores e apoiados no descomprometimento. “ Lisete Lapa
“…penso que a construção da identidade é um processo que se desenrola, independentemente de estarmos numa era tecnológica, embora possa decorrer de modo diferente. Não julgo que estejamos numa época de crise de identidade, pois em todas as épocas de mudança, a construção da identidade acompanha essa mesma mudança.” Clara Pereira
“Na minha opinião, e porque a identidade resulta também das relações que ao longo do tempo vamos estabelecendo com os outros, não podemos afirmar que ela esteja construída no final da adolescência ou até defina o seu final.” Margarida Correia”
“E contextualizando na nossa época, uma época caracterizada pela globalização, pela tecnologia e pelos meios digitais como forma de comunicação e socialização, que atividades podem promover as escola, os pais e sociedade para a construção da identidade?” Vitória Silva
“Importa também dizer que embora o jovem adolescente sinta a necessidade de estar em linha (online), e desta forma contribuir para a construção da sua identidade enquanto nativo digital, o seu espírito de curiosidade em experimentar novas situações, a possibilidade de criar um perfil ideal, onde não existe acne, não se é nem demasiado gordo, nem demasiado magro, nem muito alto, nem muito baixo, todos estes complexos são temporariamente colocados de lado.” Jorge Soares
“Mas será que podemos definir uma fronteira / um marco para a afirmação da identidade? Julgo que não! A construção da identidade ocorre ao longo da vida do indivíduo, está assente numa dinâmica social que é sujeita a relações sociais. E se muitos estudos realizados em escolas, com os mais diversificados grupos de alunos, nos conduzem para outras questões, podemos afirmar que a construção da identidade assenta em percursos diferentes, consoante cada indivíduo, tendo em conta os seus valores, crenças, e objetivos.
...A construção da identidade depende sobretudo das influências hereditárias, do meio social onde o indivíduo se insere e claramente das experiências realizadas ao longo de importantes fases da vida.” Miguel Coelho
“Quando as culturas se tocam ou se sobrepõem, em torno do que cada uma considera o que é bom ou mau, podemos questionar se existem valores universais, comuns a todas as culturas, ou se tomamos por universal os valores de uma cultura que pretende ser a cultura dominante.
Neste sentido e tendo em conta que a web e as redes sociais facilitam e ampliam a comunicação planetária, seria importante aferir se estes meios tendem a hegemonizar uma cultura dominante ou se, por outro lado, promovem a miscelânea de culturas.” Jorge Delmar
"A identidade, segundo Buckingham (2008) é definida por um lado como algo único que nos distingue dos outros, mas por outro lado como algo que nos identifica com os outros, que partilhamos em comum (valores, interesses, cultura). Torna-se difícil encontrarmo-nos a nossa identidade quando há uma maior incerteza e fragamentação.
Cada vez é mais difícil falar de identidade devido:
• à globalização;
• ao declínio do bem estar;
• ao aumento de mobilidade social;
• à maior flexibilidade no emprego;
• à insegurança nas relações pessoais (devido ao fraco comprometimento entre os indivíduos)." Teresa Kuffer
De acordo com a wikipédia o conceito de identidade pessoal é reconhecido como uma parte do conceito próprio do índivíduo que decorre do sentimento de pertença a um grupo social relevante. Henri Tajfel e John C. Turner que desenvolveram a Teoria da Identidade Social introduziram o conceito de identidade social como uma forma de explicar o comportamento de grupo e entre grupos.
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