Talvez a pergunta devesse ser feita ao contrário: que consequências para os adultos que lidam com os jovens, especialmente os educadores, da utilização sistemática que eles fazem, das tecnologias digitais?
Podemos considerar, após o estudo feito e os testemunhos dos próprios jovens, que o seu estado natural é "ligado". A atenção destes jovens encontra-se quase sempre dividida e os seus tempos de concentração/atenção passíveis de serem dedicados a ocorrências externas, são partilhados com as mensagens que recebem nos telemóveis, às conversas nos chats enquanto estão por exemplo a fazer TPCs, a música que escutam permanentemente ou até os comentários que leem no Facebook! Tudo, ao mesmo tempo que tentam fazer as tarefas/exercícios que lhes confiaram os professores na escola! Não admira que os educadores/professores e os projetistas de recursos educativos procurem desesperadamente encontrar formas de focar a atenção da juventude escolar. Estes recursos necessitam de ser muito apelativos e não podemos desperdiçar a oportunidade de aproveitar os mesmos meios que os captam (todos os artefatos tecnológicos que usam sem cessar no seu quotidiano) para passar os conteúdos escolares.
Necessitamos de ser criativos e também fazer o esforço de nos atualizarmos nas suas maneiras de se expressarem e de fazerem as coisas, se pretendemos resultados melhores do que os que temos obtido nestes tempos.
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