“…just knowing how to use particular technologies makes one no wiser than just knowing how to read words” is a quote from Prensky’s recent paper on ‘Digital Wisdom’. In the journal ‘Innovate’
Foi para mim muito interessante trabalhar e refletir sobre as terminologias e classificações de Prensky, o qual divide os utilizadores das tecnologias digitais em nativos e imigrantes digitais. Ele relaciona cada uma das classificações anteriores com modos diferentes de utilizar essas tecnologias e com a idade dos utilizadores, sustentando que os utilizadores mais novos, que já nasceram num ambiente tecnológico, são mais fluentes do que os mais velhos, que tiveram de aprender a lidarem mais tardiamente com isso.
“One thing we will observe is that even when Immigrants use the exact same technology such as eBay, or blogs, Natives and Immigrants typically do things differently. This often causes dissonance and disconnect between the two groups"
(Prensky, 2004)
Creio que esta dissonância aconteceria mesmo fora do ambiente virtual, porque o que me parece que está em causa, são as diferenças de idade; pessoas de idades diferentes fazem abordagens diferentes aos mesmos assuntos. A argumentação de Prensky é sedutora quanto à maneira como classifica os utilizadores, comenta aquilo que os nativos digitais fazem de forma diferente dos imigrantes digitais e até refere que há investigadores que defendem que o nosso cérebro se modifica e faz ligações diferentes, quando nos debruçamos sobre algo novo, assimilando e integrando essa situação nova e de algum modo aumentando a sua capacidade! Contudo, não vejo nada de extraordinário nesta capacidade que tem a ver com a neuroplasticidade do cérebro e que se aplica a qualquer situação e não só aos jovens que utilizam diariamente os artefatos tecnológicos e porque teem tempo, são curiosos e não teem medo das consequências de estragar os equipamentos, se tornam mais rápidos e fluentes do que os imigrantes digitais. No fundo, esta classificação, um pouco pomposa, deriva, em minha opinião, das diferenças normais que se produzem na forma de atuar de seres humanos com idades diferentes e que reagem de forma diferente de acordo com experiências prévias de vida. De um certo modo, David White, que avança com uma terminologia diferente, criando os conceitos de residente e visitante digitais, também eles muito apelativos, complementa esta ideia de Prensky, não de forma intencional, mas ao defender que a forma como cada indivíduo se relaciona com a Web e se aproxima mais de uma ou outra categoria, depende das suas motivações, o que também não é nada de novo; na realidade a razão para qualquer comportamento está intimamente ligada com a motivação que o induz, mas também com a vivência anterior de cada um. Por isso, julgo que se pode dizer que existe uma relação entre a idade dos utilizadores e o que fazem na net e como o fazem e as suas motivações. Então, qual o perfil do estudante digital? Qual é a sua relação com a Web? Precisa de dominar razoavelmente os artefatos tecnológicos, mas não precisa de ser um nativo digital ou um residente digital. Nada impede, porém, que seja um residente digital ou um nativo digital. Optou por ser estudante digital, provavelmente por razões de comodidade ou situação geográfica. Poderá estar longe de qualquer escola ou universidade, pode não ter tempo para se deslocar ou não ter horário que lhe permita frequentar a escola ou estar de alguma forma condicionado. O que é importante é que graças à Web, internet e à tecnologia, pode ultrapassar esse inconveniente e mesmo assim prosseguir estudos. É de fato uma grande vantagem!
BiBLIOGRAFIA
Prensky, M. (2004) The Emerging Online Life of the Digital Native: What they do differently because of technology and how they do it. 1-14.
Prensky, M. (2001) Digital natives, digital immigrants. In On The Horizon (Vol9, nº 5). NCB University Press.
Link: Residentes Vs Visitantes Digitais?!
http://tallblog.conted.ox.ac.uk/index.php/2009/10/14/visitors-residents-the-video/
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